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O estado da democracia brasileira esteve, mais uma vez, em destaque na nossa Casa. Manuela D’Ávila conduziu um debate que tocou em pontos-chave para compreender e desconstruir a realidade brasileira: as fake-news como impulsionador de um “espaço público paralelo”, as desigualdades e as políticas de segurança pública seletivas foram alguns dos assuntos abordados. Um momento que serviu também de partilha de força e de compartilhamento de vivências com a apresentação do livro «Revolução Laura».

“A reinvenção da política, para que ela possa ser o elemento de construção de um projeto de desenvolvimento de país que garanta a construção de igualdade ou combate à desigualdade – que para mim é o centro de um projeto de esquerda no Brasil – passa por identificar as mulheres, sobretudo as mulheres negras como atrizes centrais dessa luta política.”

Muitos morreram e lutaram pela democracia para que eu não tivesse que passar por isso. Não é bonito, é horrível. É triste, é filho sem pai, é mãe sem filho. É gente com dor, é gente com marca de tortura. É o que a Dilma me disse uma vez: «Como você acha que foi sair da cadeia com 21 anos? Eu nunca fui jovem! Eu não sei o que é sem jovem, eu saí da cadeia com 21 anos. Você acha que tem como ser jovem após a tortura?». Falar sobre fake news é também falar sobre o tipo de tortura que eles fazem.

MANUELA D’ÁVILA